Eu vejo uma gravura
grande e rosa.
No primeiro plano
uma casa
Á direita da casa
outra casa
Lá no fundo da casa
outra casa
Em frente da casa
uma vala:
onde escorre a lama
doutra casa.
E no chão da casa
outra vala
Onde escorre o esgoto
doutra casa.
Esta casa que vejo
não se casa
com o que chamamos
de casa
Pois as paredes são
esburacadas
onde passam aranhas e baratas.
E os telhados são
folhas de zinco.
E podem cair
a qualquer vento.
E matar uma mulher
que mora dentro.
E matar a criança
que está dentro
da mulher que mora
nessa casa.
Ou das mulher que mora
noutra casa.
É preciso pintar
uma gravura
com casas de argamassa
na paisagem
Crianças contando
a segurança de vida
construída
à sua imagem.
Poema: Reynaldo Jardim
9º ano A e 9º ano B – Profª Erica Andreza
os desenhos estão bonitos demais para o contexto do poema, que retrata a dificuldade de se viver na favela. talvez fosse importante desconstruir os desenhos e montar outros a partir de sucata e lixo. Ou ainda, montar uma favelinha com pedras e tijolos, num canto da escola. seria bem interessante, professores.
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